Veja neste artigo uma análise completa do livro “O Cortiço”, uma obra que nos transporta para a vida em uma habitação coletiva no Rio de Janeiro do século XIX. Com uma narrativa envolvente e realista, esse clássico da literatura brasileira retrata as lutas e as frustrações dos moradores do cortiço, revelando assim os aspectos mais sombrios e cruéis da sociedade da época.

o cortico de aluisio de azevedo

O autor, Aluísio Azevedo, usa sua habilidade literária para explorar as complexidades das relações humanas e apresentar um panorama fiel do cotidiano dos mais pobres. Através de personagens cativantes e bem desenvolvidos, somos levados a refletir sobre questões como desigualdade social, corrupção, ambição desmedida e luta pelo poder.

Com uma escrita rica em detalhes e uma trama emocionante, “O Cortiço” é leitura obrigatória para quem deseja compreender a sociedade brasileira do período. Prepare-se para se emocionar, se indignar e se surpreender com a força dessa narrativa que ainda ressoa nos dias de hoje. E ao final da postagem vou deixar o livro para download gratuito e o filme completo de 1978.

Não perca esta oportunidade de mergulhar em uma das obras mais importantes da literatura nacional. Leia esta análise completa de “O Cortiço” e deixe-se envolver por sua riqueza e profundidade.

Introdução

O Cortiço é uma obra literária clássica da literatura brasileira escrita por Aluísio Azevedo. Publicado pela primeira vez em 1890, o livro retrata a vida em um cortiço no Rio de Janeiro do século XIX. Com uma narrativa envolvente e realista, Azevedo transporta os leitores para dentro desse ambiente coletivo, revelando os aspectos mais obscuros e cruéis da sociedade da época.

O Cortiço Resumo do livro

O romance “O Cortiço” de Aluísio Azevedo narra a trajetória de João Romão, um imigrante português que busca enriquecer a qualquer custo. Ele explora seus empregados e recorre ao furto para acumular capital, tornando-se dono do cortiço, uma taverna e uma pedreira. Sua amante, Bertoleza, trabalha incansavelmente para ajudá-lo.

O comerciante Miranda surge como um rival de João Romão, disputando a compra de uma terra desejada pelo taverneiro. Esse conflito leva a um rompimento temporário entre os dois. João Romão, movido pela inveja e determinação, trabalha intensamente para superar Miranda em riqueza.

A perspectiva de João Romão muda quando Miranda recebe o título de barão, levando-o a compreender que acumular dinheiro não é suficiente. Ele decide que também deve ostentar uma posição social respeitada, frequentando ambientes refinados e adotando hábitos burgueses.

O cortiço é habitado por moradores com diversas ambições financeiras, como Rita Baiana, Capoeira Firmo, Jerônimo e Piedade. O romance destaca como o meio ambiente pode influenciar o comportamento humano, especialmente no caso de Jerônimo, que muda drasticamente sob a influência de Rita Baiana.

A relação entre Miranda e João Romão melhora quando o comerciante se torna um barão, garantindo superioridade sobre seu oponente. Para imitar as conquistas de Miranda, João Romão transforma sua estalagem, conferindo-lhe uma aparência aristocrática. O cortiço também muda, tornando-se a Vila João Romão.

No entanto, o casamento entre João Romão e a filha de Miranda enfrenta um obstáculo: Bertoleza, que percebe as tentativas de Romão de se livrar dela e exige sua parte dos bens acumulados. Para se libertar da amante e ascender socialmente, João Romão a denuncia como escrava fugitiva, levando Bertoleza ao suicídio e permitindo seu casamento.

O enredo de “O Cortiço” aborda temas como ambição, rivalidade, transformações sociais e a influência do meio ambiente nas pessoas, em um contexto de um cortiço no Rio de Janeiro do século XIX.

Visão geral do enredo e dos personagens principais

A história de O Cortiço se passa em um cortiço, como o próprio nome diz, chamado São Romão, localizado no Rio de Janeiro. O enredo se concentra na vida dos moradores desse lugar, explorando suas relações pessoais e os desafios que enfrentam diariamente. Entre os principais personagens, destacam-se João Romão, um comerciante ambicioso que busca enriquecer a qualquer custo, e Bertoleza, sua amante e companheira de negócios.

Ao longo do livro, acompanhamos as histórias entrelaçadas desses personagens e de outros moradores do cortiço, como Miranda, Pombinha e Jerônimo. Suas trajetórias revelam as tensões sociais e as injustiças presentes naquele ambiente, bem como as lutas individuais por poder, prestígio e sobrevivência.

Personagens e suas características

A história é rica em personagens que representam diferentes aspectos da sociedade da época. Abaixo, apresento alguns dos principais personagens do livro, com algumas de suas características físicas e psicológicas:

João Romão: Características físicas: João Romão é um português de meia-idade, baixo, magro, de cabelos ralos e barba por fazer. Características psicológicas: Ele é o proprietário do cortiço e é retratado como ganancioso, astuto e obcecado pelo enriquecimento. Ele é implacável em sua busca por lucro, muitas vezes às custas dos outros moradores do cortiço.

Rita Baiana: Características físicas: Rita Baiana é uma mulher morena, de cabelos escuros e olhos expressivos. Características psicológicas: Ela é uma prostituta carismática e inteligente que tem grande influência no cortiço. Rita Baiana é a amante de João Romão e é retratada como uma mulher forte e sedutora.

Jerônimo: Características físicas: Jerônimo é um jovem nordestino, alto, forte e moreno. Características psicológicas: Inicialmente, ele é retratado como um homem trabalhador e ambicioso. No entanto, ao longo da história, ele se envolve em um relacionamento com a cabrocha Piedade e muda drasticamente, tornando-se um homem violento e impulsivo.

Piedade: Características físicas: Piedade é uma cabrocha, ou seja, uma mulher indígena, de pele morena e cabelos longos e escuros. Características psicológicas: Ela é uma mulher doce e ingênua que se apaixona por Jerônimo. Sua submissão a Jerônimo e sua degradação ao longo da história são aspectos marcantes de sua psicologia.

Pombinha: Características físicas: Pombinha é a filha de Jerônimo e Piedade, uma jovem branca e frágil. Características psicológicas: Ela é apresentada como uma moça sensível e educada, mas é vítima das circunstâncias do cortiço. Sua história é marcada por uma luta interna entre seu desejo de virtude e a influência corruptora do cortiço.

Firmo: Características físicas: Firmo é um capoeirista, negro, alto e musculoso. Características psicológicas: Ele é violento, ciumento e controlador. Firmo é o amante de Rita Baiana e entra em conflito com Jerônimo, resultando em eventos trágicos.

Esses são alguns dos personagens mais importantes de “O Cortiço”, e eles representam diferentes camadas sociais e psicologias da época. A obra é uma crítica contundente à sociedade brasileira do século XIX, retratando a luta de classes, a exploração e a corrupção moral.

Em “O Cortiço”, os personagens não se encaixam estritamente na dicotomia de personagens planas ou esféricas como definida por E.M. Forster. Personagens planas são tipicamente unidimensionais, com traços de personalidade fixos e previsíveis, enquanto personagens esféricas são mais complexos e desenvolvidos ao longo da narrativa.

No entanto, você pode considerar que alguns personagens têm maior profundidade psicológica do que outros:

Personagens com maior profundidade (personagens esféricas)

Jerônimo: Ele passa por um notável desenvolvimento ao longo da história, indo de um trabalhador esforçado a um homem mais impulsivo e violento.

Personagens com menor profundidade (personagens planas)

João Romão: Ele é principalmente definido por sua ganância e desejo de enriquecer.

Rita Baiana: A personagem é, em grande parte, definida por sua beleza e sedução, embora também demonstre inteligência e força.

Piedade: Ela é inicialmente retratada como doce e ingênua, mas sua caracterização não muda significativamente ao longo da narrativa.

Não existe um protagonista único em “O Cortiço”, pois a história é mais um retrato coletivo de um grupo de personagens e suas interações dentro do cortiço. Jerônimo, em alguns momentos, parece ser um protagonista, mas a narrativa também se concentra em outros personagens, como João Romão, Rita Baiana e Pombinha. A obra é notável por sua representação da vida no cortiço como um todo, em vez de uma narrativa centrada em um único herói ou heroína.

Contexto histórico e cultural da vida nos cortiços do Rio de Janeiro

Para compreender totalmente O Cortiço, é fundamental entender o contexto histórico e cultural em que se passa a história. No século XIX, o Rio de Janeiro passava por um intenso processo de urbanização e transformação social. A cidade, então capital do Império, recebia um grande fluxo de imigrantes e ex-escravos em busca de trabalho e oportunidades.

cortico rio de janeiro 1900
Crédito da foto: Revistadehistoria.com.br

Os cortiços, como o São Romão retratado na obra, eram habitações coletivas precárias onde a população mais pobre se amontoava. Esses espaços eram conhecidos por suas condições insalubres, superlotação, violência e falta de infraestrutura básica. A vida nos cortiços era marcada pela miséria, pela falta de saneamento básico e pela opressão social.

Temas e questões sociais explorados em “O Cortiço”

O Cortiço aborda uma série de temas e questões sociais que eram pertinentes ao período retratado. A obra reflete criticamente sobre a desigualdade social, a exploração do trabalho, a corrupção, a marginalização dos pobres e a dificuldade de ascensão social. Além disso, o livro também aborda questões de gênero, como a opressão das mulheres e a violência doméstica.

Através dos personagens e suas interações, Azevedo expõe as tensões raciais e sociais da época, demonstrando como as relações de poder influenciam a vida nas camadas mais baixas da sociedade. O autor não poupa críticas à elite brasileira, mostrando como a exploração dos mais pobres era uma prática recorrente.

Resenha

“O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, é uma obra que se destaca na literatura brasileira do século XIX, sendo um dos principais representantes do Naturalismo no país. Publicado em 1890, o romance retrata de maneira crua e realista a vida na cidade do Rio de Janeiro durante o período do Segundo Reinado, enfocando a vida nos cortiços, que eram moradias coletivas precárias, repletas de personagens e situações que simbolizam a miséria, a exploração e as tensões sociais da época.

Azevedo, através de sua prosa detalhada e meticulosa, apresenta um retrato vívido e muitas vezes chocante da sociedade brasileira do século XIX. O autor descreve a vida dos habitantes do cortiço de forma minuciosa, evidenciando as condições insalubres, a promiscuidade, a miséria e a luta diária pela sobrevivência. Ao fazê-lo, ele revela a face mais sombria da urbanização e da industrialização que estavam ocorrendo no Brasil naquela época, bem como os impactos negativos dessas mudanças na vida das classes mais desfavorecidas.

No entanto, “O Cortiço” vai além da mera denúncia social. Aluísio Azevedo também explora a psicologia de seus personagens de maneira naturalista, mostrando como o meio ambiente influencia suas ações e personalidades. Ele se vale da teoria determinista para retratar a degeneração de personagens como João Romão, que se corrompe em busca de riqueza e poder.

Azevedo também aborda questões de gênero, sexualidade e racismo, apresentando personagens femininas fortes, como Rita Baiana, e expondo o preconceito racial e as relações inter-raciais da época.

Apesar de ser uma obra importante e inovadora em muitos aspectos, “O Cortiço” também enfrenta críticas. Alguns leitores podem achar a narrativa excessivamente descritiva e os personagens estereotipados em seus papéis sociais. Além disso, a abordagem determinista do autor, que sugere que o ambiente é o único fator determinante no destino dos personagens, pode parecer simplista e desprovida de nuance.

Em resumo, “O Cortiço” é um livro fundamental da nossa Literatura Brasileira que oferece uma visão poderosa e crua da sociedade do século XIX no Rio de Janeiro. Ele critica as condições de vida desumanas nas quais os menos privilegiados eram forçados a viver e desafia o leitor a refletir sobre as complexas interações entre ambiente, herança e livre-arbítrio na formação das personalidades e destinos individuais. Apesar de suas críticas, a obra de Aluísio Azevedo continua a ser relevante e provocativa para os leitores contemporâneos que buscam entender a história e a sociedade brasileira.

Estilo de escrita e técnicas literárias usadas pelo autor

O estilo de escrita de Aluísio Azevedo em O Cortiço é marcado pela objetividade e pelo realismo. O autor retrata a realidade de forma crua e detalhada, sem romantizar ou amenizar os aspectos mais sombrios da vida nos cortiços. Sua linguagem direta e descritiva permite ao leitor imaginar e sentir as condições degradantes vividas pelos personagens.

aluisio de azevedo autor de o cortico

Azevedo também utiliza diversas técnicas literárias para enriquecer a narrativa. A descrição minuciosa dos ambientes, a caracterização psicológica dos personagens e a utilização de diálogos realistas contribuem para a imersão do leitor na história. Além disso, o autor faz uso de recursos como a ironia e o sarcasmo para criticar os valores e comportamentos da sociedade da época.

Críticas e controvérsias em torno do livro

Desde sua publicação, O Cortiço tem sido alvo de críticas e controvérsias. Grande parte da elite brasileira da época viu a obra como uma afronta aos valores morais e sociais vigentes. A descrição realista da vida nos cortiços e a exposição dos vícios e crimes cometidos pelos personagens chocaram muitos leitores da época.

Além disso, o livro também foi criticado por retratar a sexualidade de forma explícita, o que era considerado inapropriado para a época. Azevedo foi acusado de imoralidade e obscenidade, mas também recebeu elogios de críticos literários que reconheceram a importância de sua obra como um retrato fiel da realidade brasileira.

Impacto e legado de “O Cortiço” na literatura brasileira

O Cortiço é considerado uma das obras mais importantes da Literatura Brasileira e teve um impacto significativo no desenvolvimento do Realismo no país. Azevedo foi um dos primeiros escritores a retratar a realidade social do Brasil de forma crítica e objetiva, abrindo caminho para uma nova abordagem literária.

A obra influenciou gerações de escritores brasileiros e continua sendo estudada nas escolas até hoje. Seu retrato realista da vida nos cortiços contribuiu para ampliar a consciência social e a compreensão das desigualdades presentes na sociedade brasileira.

Comparação com outras obras da Literatura Realista

O Cortiço pode ser comparado a outras obras do realismo literário, tanto no Brasil quanto no cenário internacional. No contexto brasileiro, a obra de Azevedo pode ser relacionada a outros romances realistas da época, como Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães. Essas obras compartilham a mesma preocupação em retratar a realidade brasileira de forma crítica e objetiva.

No cenário internacional, O Cortiço pode ser relacionado a obras como Germinal, de Émile Zola, e Oliver Twist, de Charles Dickens. Essas obras também abordam temas como a vida nas camadas mais pobres da sociedade, a exploração do trabalho e as desigualdades sociais.

Leitura adicionais recomendadas sobre “O Cortiço

É sempre importante ler outras obras do período realista para ampliar seu conhecimento sobre a literatura brasileira. Algumas sugestões são:

  1. Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
  2. A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães
  3. Quincas Borba, de Machado de Assis

Conclusão: A relevância duradoura de “O Cortiço”

Em suma, O Cortiço é uma obra literária que transcende o tempo e continua a ser relevante até os dias de hoje. Azevedo retratou de forma corajosa e realista a vida nos cortiços do Rio de Janeiro, expondo as desigualdades sociais e as injustiças presentes na sociedade da época.

A obra nos convida a refletir sobre questões universais, como a exploração do trabalho, a luta pela sobrevivência e a corrupção. Através de seus personagens complexos e envolventes, O Cortiço nos proporciona uma visão profunda e impactante da condição humana.

Portanto, se você deseja entender melhor a sociedade brasileira do século XIX e apreciar uma narrativa poderosa e envolvente, não deixe de ler O Cortiço. Essa obra-prima da literatura brasileira certamente deixará uma marca duradoura em seu coração e em sua mente.

Livro “O Cortiço” PDF para download gratuito

Qual a relação do livro com os dias atuais?

A relação entre o livro “O Cortiço” de Aluísio de Azevedo e os dias atuais pode ser vista sob várias perspectivas, já que muitos dos temas e questões levantados na obra continuam a ser relevantes na sociedade contemporânea. Aqui estão algumas maneiras de relacionar o livro com os dias atuais:

Desigualdade Social

“O Cortiço” retrata a desigualdade social e econômica no Rio de Janeiro do século XIX. Esse tema é atual, uma vez que a desigualdade persiste em muitos países, inclusive no Brasil, com disparidades significativas entre classes sociais.

Migração e Urbanização

O livro aborda a migração das pessoas para áreas urbanas e a formação de cortiços devido à falta de moradia adequada. Esse é um problema contemporâneo em muitas cidades, com a migração para áreas urbanas frequentemente resultando em favelas e assentamentos informais.

Condições de Vida Precárias

As condições insalubres e precárias de vida dos personagens do livro também podem ser relacionadas a problemas de habitação em muitos lugares do mundo atualmente. Questões como moradia inadequada, falta de saneamento e pobreza persistem.

Preconceito Racial

O livro aborda o preconceito racial sofrido por personagens como Bertoleza. O racismo ainda é um problema global e uma questão importante em muitos países, com lutas contínuas por igualdade racial e justiça social.

Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano

A degradação do meio ambiente devido à urbanização e ao crescimento descontrolado da cidade é um tema atual. A exploração dos recursos naturais e os impactos ambientais são questões contemporâneas de grande importância.

Naturalismo e Estudos Sociais

O naturalismo, a abordagem literária que enfatiza a influência do ambiente e das condições sociais na vida dos personagens, continua a ser uma abordagem relevante para a análise das complexas interações sociais e humanas na sociedade contemporânea.

Embora “O Cortiço” seja ambientado no final do século XIX, muitos dos temas e questões que o livro aborda ainda são pertinentes e podem ser relacionados aos desafios sociais, econômicos e culturais dos dias atuais. Isso destaca a atemporalidade e a importância duradoura da obra de Aluísio de Azevedo na literatura brasileira e na compreensão das dinâmicas sociais.

Adaptações para o cinema

“O Cortiço” teve duas adaptações para o cimena, com versões diferentes.

A primeira, lançada em 1945, assume uma abordagem mais cômica e foi dirigida por Luiz de Barros. Esta primeira adaptação é relativamente difícil de ser encontrada, tentei pesquisar mas só encontrei informações vagas. Essa primeira adaptação prioriza elementos burlescos em vez de abordar as críticas sociais e morais presentes no livro original. Teve em seu elenco principal: Manoel Vieira, Miguel Orico, Manoel Rocha

poster do filme o cortico
Pôster do filme O Cortiço de 1978

A segunda adaptação, realizada em 1978, optou por simplificar a trama, utilizando um número reduzido de personagens. Teve como elenco principal: Betty Faria, no papel de Rita Baiana, o galã da época, Mário Gomes, além das interpretações de Armando Bogus, Beatriz Segall entre outros. Foi dirigido por Francisco Ramalho Jr. Logo abaixo vou deixar o link para este filme, caso queira assistir.

“O Cortiço” filme completo dublado

FAQ (Frequently Asked Questions) sobre o livro

  • O que é “O Cortiço” de Aluísio de Azevedo?

“O Cortiço” é um romance naturalista brasileiro escrito por Aluísio Azevedo e publicado em 1890. Ele retrata a vida dos habitantes de um cortiço na cidade do Rio de Janeiro durante o final do século XIX.

  • Qual é a trama principal do livro “O Cortiço”?

A história gira em torno de João Romão, um ambicioso português que se torna dono de um cortiço, e sua esposa, Bertoleza. O livro descreve a vida dos moradores do cortiço, suas relações, paixões, lutas e o choque entre classes sociais.

  • Quais são os temas principais do livro “O Cortiço”?

“O Cortiço” aborda temas como o determinismo biológico, a influência do meio ambiente na formação do caráter humano, o contraste entre classes sociais, o preconceito racial e as condições precárias de vida na cidade do Rio de Janeiro.

  • Como o autor usa o naturalismo no livro “O Cortiço”?

Aluísio de Azevedo é considerado um dos precursores do naturalismo no Brasil. Ele utiliza características naturalistas, como a observação detalhada da vida dos personagens, a influência do meio ambiente e das condições sociais em suas ações e o foco nas partes mais sombrias e cruas da natureza humana.

  • Quais são os personagens mais importantes em “O Cortiço”?

Além de João Romão e Bertoleza, personagens como Rita Baiana, Jerônimo, Pombinha e Miranda desempenham papéis significativos na trama.

  • Qual é o impacto de “O Cortiço” na literatura brasileira?

O livro é considerado uma obra fundamental do Realismo/Naturalismo brasileiro e teve um grande impacto na Literatura do país. Ele influenciou outros autores e é estudado até hoje em escolas e universidades.

  • O livro “O Cortiço” aborda questões sociais e raciais? Como?

“O Cortiço” expõe de forma crua as tensões raciais e as disparidades sociais da época. Ele descreve as condições de vida precárias dos habitantes do cortiço, destacando o preconceito racial sofrido por personagens como Bertoleza.

  • Qual é o desfecho do livro “O Cortiço”?

O desfecho do livro “O Cortiço” é trágico. O cortiço, que é o centro das interações sociais e dos conflitos da história, é destruído em um incêndio. Esse incêndio é causado por Jerônimo, um dos personagens principais, que, em um ato de loucura e desespero, ateia fogo ao cortiço. Muitos dos personagens morrem no incêndio, e a história termina com um cenário de destruição e tragédia.

  • Onde posso encontrar uma cópia de “O Cortiço”?

O livro “O Cortiço” de Aluísio de Azevedo está em domínio público e pode ser encontrado em bibliotecas, livrarias e na internet, em versões físicas e digitais. Aqui mesmo, nesta postagem, deixei o link para download gratuito. É só baixar e aproveitar a leitura!

  • “O Cortiço” foi adaptado para outras mídias?

Sim, o livro foi adaptado para o cinema, teatro e televisão ao longo dos anos. Essas adaptações proporcionaram uma nova perspectiva sobre a obra e ampliaram seu alcance. Uma foi realizada em 1940 e outra em 1978, com alguns nomes conhecidos do cinema brasileiro. Aqui mesmo no site, no final deste artigo, deixei o link do filme completo de 1978, já que a adaptação de 1940 apresenta poucas informações na internet.

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Referências bibliográficas

Azevedo, Aluísio. “O Cortiço.” Editora Martin Claret, 2009.

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