Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector, caracteriza-se como uma narrativa de ficção, onde, sua descrição narrativa de certos estados psíquicos, não podem ser descritos por observadores externos, a não ser no plano imaginário.

Clarice Lispector, uma das mais renomadas escritoras brasileiras, presenteou o mundo com sua prosa única e profundidade psicológica. Um dos contos mais icônicos da autora, “Felicidade Clandestina”, oferece uma oportunidade rara de explorar a complexidade das emoções humanas.

Neste artigo, exploraremos as camadas da narrativa para entender o que torna essa obra tão cativante. Então vamos lá! Te convido para esta jornada literária!

Resumo de Felicidade Clandestina

Uma menina cujas condições financeiras a impediam de obter livros, vai a casa de uma colega, filha do dono da livraria. Esta diz ter um livro muito cobiçado pela menina humilde.

Dia após dia, esta menina vai a casa da detentora do livro, sob a promessa do empréstimo deste. Sucessivamente ela recebe as mais variadas desculpas, sem nunca obter o sonhado livro.

Um dia a mãe da menina percebe e dá o livro para a menina humilde, que muito feliz, se delicia com cada momento da leitura.

A Protagonista e sua Obsessão

A história é narrada por uma menina, a protagonista, que se sente compelida a possuir um livro que pertence à colega da escola. A obsessão pela posse do livro simboliza a busca humana pela felicidade através da conquista e posse de objetos, mas também levanta questões sobre ética e moral.

A Complexidade das Relações Sociais

A narrativa de “Felicidade Clandestina” destaca as dinâmicas complexas das relações sociais, especialmente na infância. A autora explora a rivalidade, a inveja e a crueldade infantil, expondo verdades incômodas sobre como as crianças muitas vezes podem ser impiedosas umas com as outras.

A Conquista e a Decepção

Quando a protagonista finalmente consegue o livro emprestado, a alegria é imensa. No entanto, a felicidade é efêmera, pois ela é forçada a devolvê-lo antes de terminá-lo. Isso levanta a questão: a felicidade está na conquista ou no desfrute?

clarice linspector

A Reflexão Sobre a Felicidade

A história oferece aos leitores a oportunidade de refletir sobre o verdadeiro significado da felicidade. Será que a felicidade está em ter algo material ou em momentos de pura conexão humana? Clarice Lispector convida seus leitores a questionar suas próprias noções de felicidade.

Análise da obra

O Uso da Linguagem

Uma característica marcante da escrita de Clarice Lispector é sua habilidade de explorar as profundezas da psicologia humana por meio de uma linguagem única e introspectiva. Neste conto, ela desvenda os pensamentos e emoções da protagonista de maneira magistral.

Tipo de narrador

Trata-se de um Narrador/personagem (protagonista)

Tempo e Espaço

A história remonta as lembranças da infância de uma menina humilde, na cidade de Recife, e se desenrola quando esta inicia uma jornada de ida diária a casa da filha do dono da livraria sob a promessa de empréstimo de um livro muito desejado por ela.

Personagens

Uma menina humilde (narradora) é a protagonista, a antagonista é a menina má, filha do dono da livraria, além de sua esposa.

O problema que a personagem de Felicidade Clandestina enfrenta

A ludibriação da menina má em emprestar o livro sonhado pela protagonista com desculpas sucessivas dia após dia de espera.

Clímax de Felicidade Clandestina

O momento em que a mãe da menina (antagonista) percebe toda a situação que a sua filha estava causando e muda o rumo da história.

Como a personagem principal de Felicidade Clandestina resolve seu problema

O problema é resolvido quando a protagonista se apropria do livro no momento em que a mãe da menina má percebe a situação e o entrega para ela.

Conclusão de Felicidade Clandestina

A conclusão se dá durante a caminhada da protagonista de volta para casa e sua felicidade em obter o livro sonhado, desfrutando de cada momento da posse deste, antes e durante a sua leitura, nos levando a refletir sobre o sentimento de felicidade.

Trecho que comprova esta conclusão

“Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo…. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim.”

Conclusão

“Felicidade Clandestina” é uma obra que nos convida a uma jornada de autorreflexão e introspecção. Clarice Lispector, com sua prosa brilhante, revela a complexidade da busca pela felicidade e o papel das relações sociais nesse processo. Este conto continua a ser uma fonte de inspiração para aqueles que desejam explorar as nuances das emoções humanas e da experiência de vida.

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Referências bibliográficas

Lispector, Clarice. “Felicidade Clandestina.” In: “Laços de Família.” Editora Rocco, 1998.

Sobre o Autor

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